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Minha Casa, Minha Vida: o que muda com a nova Faixa 4?

Se você está pensando em financiar um imóvel, é importante entender como funciona o programa Minha Casa, Minha Vida, especialmente agora que ele ganhou uma nova faixa de renda: a Faixa 4.

Entendendo as faixas do programa

O programa é dividido por faixas de renda, e cada uma oferece condições diferentes de financiamento:

  • Faixa 1: renda de até R$ 2.850
  • Faixa 2: de R$ 2.850 a R$ 4.700
  • Faixa 3: de R$ 4.700 a R$ 8.000
  • Faixa 4: de R$ 8.000 a R$ 12.000 (essa é a novidade!)

A lógica do programa é simples: quanto menor a sua renda, maiores os subsídios e melhores as condições oferecidas.

O que muda com a nova Faixa 4?

A Faixa 4 é voltada para famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. Veja os principais pontos:

  • Valor máximo do imóvel: até R$ 500 mil
  • Prazo de pagamento: até 420 meses (35 anos)
  • Juros projetados: 10,5% ao ano (abaixo da média do mercado)
  • Subsídio: não há subsídio nessa faixa. Ou seja, a família financia o valor total do imóvel, mas com condições facilitadas.

Mesmo com juros mais baixos que os praticados normalmente, 10,5% ao ano por 35 anos ainda pode pesar no bolso. E é aí que entra um ponto muito importante…

Fique atento ao CET!

O CET (Custo Efetivo Total) representa o custo real do seu financiamento. Ele inclui:

  • Juros
  • Taxas administrativas
  • Seguros obrigatórios
  • Tarifa de cadastro
  • Outros encargos do contrato

Ou seja, não adianta olhar só o percentual de juros anunciado pelo banco. O que realmente importa é o CET!

Exemplo:
Se o banco anuncia juros de 9% ao ano, mas o CET é de 11,5%, é esse 11,5% que você deve comparar com outras ofertas.

Dica de ouro: sempre peça o CET antes de assinar qualquer contrato!

E a tal da TR?

A TR (Taxa Referencial) é um índice definido pelo Banco Central. Ela serve, entre outras coisas, para corrigir o valor dos financiamentos feitos com recursos do FGTS.

Nos últimos anos, a TR ficou perto de zero. Mas com a alta da Selic, a TR também tende a subir.

Nos últimos 12 meses, por exemplo, a TR acumulou 1,17%.

Por que isso importa?

Porque, se o seu contrato tem correção pela TR, a parcela do seu financiamento pode aumentar com o tempo — mesmo que os juros pareçam baixos no começo.

“Mas então… vale a pena ou não financiar?”

A resposta é: depende do seu momento financeiro. Veja alguns pontos para te ajudar a decidir:

Pode valer a pena se:

  • A parcela do financiamento for igual ou menor que o seu aluguel atual
  • Você tiver uma reserva de emergência
  • O imóvel for para morar por muitos anos
  • Você comparar o CET e as condições com outros bancos
  • Você negociar bem todas as taxas

Pode não valer a pena se:

  • A parcela for muito maior que o seu aluguel
  • Você estiver sem reserva financeira
  • Estiver entrando no financiamento por impulso
  • Ignorar taxas extras e os efeitos da TR ao longo dos anos

Comprar a casa própria é o sonho de muita gente. Mas esse sonho não precisa virar um pesadelo financeiro.

Antes de entrar num financiamento, faça as contas com calma, analise o CET, entenda todos os encargos e só siga se isso realmente fizer sentido pra sua realidade.

Se precisar de ajuda, nosso escritório está à disposição para te orientar nesse processo!

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